quarta-feira, 9 de maio de 2012
Somos muito parecidos, de jeitos inteiramente diferentes: somos
espantosamente parecidos. E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar
de ti, para cuidar de mim - para não querer, violentamente não querer de
maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra
escura. Perdoe a minha precariedade e as minhas tentativas inábeis,
desajeitadas, de segurar a maçã no escuro. Me queira bem. Estou te querendo
muito bem neste minuto. Tinha vontade que você estivesse aqui e eu pudesse te
mostrar muitas coisas, grandes, pequenas, e sem nenhuma importância, algumas.
Fique feliz, fique bem feliz, fique bem claro, queira ser feliz. Você é muito
lindo e eu tento te enviar a minha melhor vibração de axé. Mesmo que a gente se
perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro.
Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. — Caio Fernando Abreu
Aquelas pessoas
E existem aquelas pessoas, que por mais distantes que
estejam, ainda continuam perto. Aquelas, que passe o tempo que passar, serão
sempre lembradas por algo que fizeram, falaram, mostraram, ou nos fizeram
sentir. É isso. As pessoas são lembradas pelos sentimentos que despertaram em
nós, e quanto maior o sentimento, maior se torna a pessoa. — Caio Fernando Abreu
Nada de mau me aconteceria
Nada de mau me aconteceria,
tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra
pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa,
e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos (…) Traçando esboços, os
dois. Tateando traços difusos, vagas promessas. — Caio Fernando Abreu
Que não suspeitará da tua
perdição, mergulhado como agora, a teu lado, na contemplação dessa paisagem
interna onde não sabes sequer que lugar ocupas, e nem mesmo se estás nela. Na
frente do espelho, nessas manhãs maldormidas, acompanharás com a ponta dos dedos
o nascimento de novos fios brancos nas tuas têmporas, o percurso áspero e cada
vez mais fundo dos negros vales lavrados sob teus olhos profundamente
desencantados. Sabes de tudo sobre esse possível amargo futuro, sabes também
que já não poderias voltar atrás, que estás inteiramente subjugado e as tuas
palavras, sejam quais forem, não serão jamais sábias o suficiente para
determinar que essa porta a ser aberta agora, logo após teres dito tudo, te
conduza ao céu ou ao inferno. — Caio Fernando Abreu.
Loucura, ilusão, delírio.
O céu tão azul lá fora, e
aquele mal-estar aqui dentro. — Caio Fernando Abreu
SENÃO ELE FOGE...
É preciso cuidado com o arisco,
senão ele foge. É preciso aprender a se movimentar dentro do silêncio e do
tempo. Cada movimento em direção a ele é tão absolutamente lento que o tempo
fica meio abolido. Não há tempo. Um bicho arisco vive dentro de uma espécie de
eternidade. Duma ilusão de eternidade. Onde ele pode ficar parado para sempre,
mastigando o eterno. Para não assustá-lo, para tê-lo dentro dos seus dedos
quando eles finalmente se fecharem, você também precisa estar dentro dessa
ilusão do eterno. — Caio Fernando Abreu
LOUCA DE AMOR
Ela, louca de amor por ele, não o reconheceu. Ele havia
deixado de ser ele: transformara-se em símbolo sem face nem corpo da paixão e
da loucura dela. Não era mais ele: ela amava alguém que não existia mais,
objetivamente. Existia somente dentro dela.
MEDO....
Então, admitiu o medo. E admitindo o medo
permitia-se uma grande liberdade: sim, podia fazer qualquer coisa, o próximo
gesto teria o medo dentro dele e portanto seria um gesto inseguro, não
precisava temer, pois antes de fazê-lo já se sabia temendo-o, já se sabia
perdendo-se dentro dele finalmente, podia partir para qualquer coisa, porque de
qualquer maneira estaria perdido dentro dela. — Caio Fernando Abreu.
Eu me importo demais....
Eu me importo demais com pessoas de menos. Eu
choro demais por problemas pequenos. Eu tenho medo do que não existe. Eu sofro
de amor calada (o).
Caio Augusto Leite.
A cabana - Um livro que te propõe uma visão mais humana de Deus
A Cabana consiste num romance em que a filha mais nova
de Mackenzie Allen Philip foi raptada durante as férias em família e há
evidências de que ela foi brutalmente assassinada e abandonada numa cabana.
Quatro anos mais tarde, Mack recebe uma nota suspeita, aparentemente vinda de
Deus, convidando-o para voltar àquela cabana
para passar o fim de semana. Ignorando alertas de que poderia ser uma cilada,
ele segue numa tarde de inverno e volta a cenário de seu pior pesadelo. O que
encontra lá muda sua vida para sempre.
Num mundo em que a religião
parece tornar-se irrelevante, o livro A Cabana
invoca a pergunta: “Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que
não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo?” As respostas
encontradas por Mack surpreenderão você e, provavelmente, o transformarão tanto
quanto ele.
O morro dos ventos uivantes - Livro forte e encantador
Único romance escrito por Emily Brontë, O
MORRO DOS VENTOS UIVANTES, foi publicado em 1847 e atribuído a um certo Ellis
Bell. Hoje considerado um clássico da literatura inglesa, caracterizado como
uma história de amor amaldiçoado e de vingança, e visto como a mais intensa
história de amor já escrita na língua inglesa, recebeu fortes críticas no
século XIX, época em que foi lançado.
Um ano antes, as três irmãs Brontë
Charlotte, Emily e Anne haviam publicado uma coletânea de poemas em nome de
Currer, Ellis e Acton Bell. Nos círculos literários ingleses era crença
generalizada que as Irmãs Brontë e os Irmãos Bell fossem as mesmas pessoas.
No entanto, o simples crédito deu margem a
controvérsias: que Bell seria, realmente, qual das irmãs Brontë? O MORRO DOS
VENTOS UIVANTES já foi adaptado mais de vinte vezes para o cinema, rádio e TV.
A versão de William Wyler de 1939,
estrelada por Merle Oberon como Cathy e Laurence Olivier como Heathcliff, é
considerado um dos grandes clássicos do cinema até os dias de hoje, indicado
para sete categorias da mais importante premiação do cinema e vencedora do
prêmio por sua fotografia; as versões mais recentes são as de 1992, estrelada
por Juliette Binoche e Ralph Fiennes, e uma modernização para os dias de hoje,
produzida pela MTV em 2003.
Livro perfeito: UM DIA de David Nicholls
15 de Julho de 1988. Emma e Dexter
se conhecem na noite da festa de formatura. Amanhã eles seguirão caminhos
diferentes.Mas onde estarão nesse mesmo dia um ano depois? E nos anos que se
seguirem?Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no
dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos
diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar
um no outro.Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas – vidas muito
diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o
sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma
extraordinária relação entre os dois.Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes
do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de
julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades
perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia
crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da
própria vida.Um dia é um fenômeno editorial no Reino Unido, sucesso absoluto de
crítica e público, e teve o roteiro adaptado para o cinema pelo próprio autor,
David Nicholls. O filme, dirigido pela cineasta dinamarquesa Lone Scherfig, que
também dirigiu Educação, traz a atriz Anne Hathaway no papel de Emma Morley.
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